“Os ataques do esquema Sarney a mim se intensificam quanto mais se amplia o leque de forças políticas que se somam ao projeto de reeleição do governador Flávio Dino. Mídia de José Sarney coordena uma narrativa absurda tentando todos os dias atingir o governo que está mudando a história do MA. Nesse tiroteio, me elegeram como alvo. Mentiras atrás da outras, repetidas e em diferentes versões. Por que tanto ódio e perseguição da oligarquia?”, diz Márcio Jerry (foto abaixo) numa tentativa frustrada de provar aquilo que não é: inocente.
Calado por alguns dias e vendo a operação “Pegadores” chegando aos seus calcanhares, o secretário Márcio Jerry encontrou uma saída nada sábia para dizer que não tem envolvimento com o desvio de recursos da saúde.
Ao invés de se defender e acusar de mentirosos os que falam em seu nome e garantem que ele sabia das propinas, na maior cara dura se volta contra quem divulga as interceptações telefônicas e até mesmo quem as fez, no caso a Polícia Federal.
Agindo assim, Jerry mostra claramente que não teme denúncias, não considera o trabalho feito pela Polícia Federal, e que seu lugar é acima da lei. Se achando o dono do Maranhão, ele politiza a operação que apurou sua turma metendo as mãos no jarro, fazendo do governo comunista o prosseguimento das ladroagens da gestão roseanista.
Hospital é condenado a pagar indenização por morte de filho do governador do Maranhão
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios condenou o Hospital Santa Lúcia, localizado em Brasília, pagar indenização de R$ 180 mil ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), e à ex-mulher dele, Deane Fonseca, pela morte do filho do casal, Marcelo Dino, 13, ocorrida em 14 de fevereiro de 2012. O adolescente morreu após crises de asma e a família acusa o hospital de negligência e erro médico.
A condenação do Hospital Santa Lúcia foi definida na terça-feira (29). Segundo a decisão judicial, cada um dos pais deverá receber o valor de R$ 90 mil, com correção monetária e juros e 1% ao mês contanto a partir da data da morte do adolescente. O hospital foi condenado ainda a pagar as custas processuais e os honorários dos advogados. A decisão é em primeira instância e cabe recurso.
O Hospital Santa Lúcia informou que vai recorrer da decisão judicial.
Ao saber da decisão, Flávio Dino usou sua conta no Twitter para comentar sobre o assunto e anunciou que doará a indenização.
"Decorridos quase seis anos da tragédia com Marcelo, hoje a Justiça do DF reconheceu erros do Hospital Santa Lúcia e condenou-o a pagar danos morais. Não cura nenhuma dor, mas talvez ensine profissionalismo e seriedade ao hospital. Reitero que não quero nenhum centavo do hospital Santa Lúcia, de Brasília, em decorrência do descaso e da incompetência com Marcelo Dino. Indenização será doada", escreveu o político.
Marcelo Dino tinha 13 anos quando morreu. Ele estava na escola e, durante um jogo de futebol, teve uma crise aguda de asma. Ele foi levado para o Hospital Santa Lúcia, recebeu atendimento médico e foi liberado para casa.
Entretanto, seu quadro de saúde piorou no dia seguinte e ele voltou a ser internado no hospital. O menino foi tratado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A família Dino afirmou que houve aplicação tardia de um medicamento prescrito para o adolescente. Além disso, disse que outro medicamento foi aplicado sem ter sido diluído no diluente específico. Além disso, o remédio teria sido ministrado em tempo exíguo --um minuto, em vez de cinco minutos.
Logo após esses fatos, o adolescente teria tido outra crise e morrido. Dino acusa a médica responsável de não estar na UTI no momento da crise.
A juíza substituta Clarissa Menezes Vaz Masili, que julgou o caso, enfatizou que o hospital teve responsabilidade sobre o socorro médico ao menino, mas destacou que houve falta de tratamento para asma antes das crises, que resultaram na morte do adolescente.
Segundo a sentença dela, a morte teria sido causada por três causas diferentes: bronco aspiração, atraso no uso do medicamento e falha no tratamento prévio.
A juíza justificou a determinação para o pagamento da indenização citando o "prejuízo ao bem-estar físico e psíquico" dos pais.
Morre em o Vereador Ribinha da Caema e população, vereadores, amigos, prefeitove e vice prefeito e familiares fazem suas últimas homenagens em Esperantinópolis
Sesi e Senai oferecem 22 vagas profissionais no Maranhão
As oportunidades são para pessoas de São Luís, Imperatriz, Açailândia, Bacabal e Caxias.
As inscrições para o processo seletivo duram até a próxima sexta-feira (24). ( Foto: Divulgação)
MARANHÃO - Estão abertos processos seletivos para a contratação de 22 profissionais, sendo duas vagas para cadastro de reserva, por meio do Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Maranhão. As oportunidades estão disponíveis nas cidades de São Luís, Imperatriz, Açailândia, Bacabal e Caxias.
As inscrições podem ser efetuadas até o dia 24 de novembro por meio deste site. O valor do processo de inscrição custa R$60 para cargos que exigem o Ensino Médio e R$ 80 para os de Ensino Superior. No SESI, as vagas são para Professor de EJA (Educação de Jovens e Adultos) – nas áreas de Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias; Professor de Educação Infantil/Ensino Fundamental – Língua Inglesa, Professor de Educação Infantil/Ensino Fundamental – Ciências; Analista Superior I – Comunicação e Marketing e Profissional de Suporte Operacional – Serviços Gerais (esta última para cadastro de reserva). As oportunidades são para as cidades de São Luís, Caxias, Imperatriz e Bacabal.
Já para o SENAI, as vagas de emprego são para os cargos de Analista Superior I – Comunicação e Marketing (cadastro de reserva), oferecida na cidade de Bacabal, e para Instrutor de Ensino Superior – Segurança do Trabalho, na cidade de Açailândia. Os processos seletivos serão executados pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MA). Informações ou dúvidas podem ser obtidas no IEL-MA localizado na Avenida Jerônimo de Albuquerque, s/n, Casa da Indústria Albano Franco, 1º andar, ou pelo telefone (98) 3212-1894 ou ainda pelo e-mail. A prova objetiva está marcada para o dia 3 de dezembro de 2017, nas cidades onde as vagas estão disponíveis.
A imagem acima é de Luiz Marques Barbosa Júnior, mais conhecido como Luiz Júnior, que foi no governo Flávio Dino o chefe da Superintendência de Acompanhamento a Rede de Serviço, divisão da Secretaria de Saúde do Maranhão, responsável pelas tratativas com as entidades do Terceiro Setor e responsável pela gestão das Unidades Hospitalares.
Luiz Júnior foi um dos alvos da Operação Pegadores, da Polícia Federal, deflagrada na quinta-feira, dia 16. Ele é acusado de roubar dinheiro público e está preso em Pedrinhas.
A técnica de enfermagem Lenijane Rodrigues da Silva Lima, lotada no cargo de assessora técnica da Subsecretaria da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está enrolada até o pescoço no “esquemão da saúde”, que foi desbaratinado pela Polícia Federal.
Jane, como é mais conhecida, é cunhada do poderoso secretário Márcio Jerry. Ela é mulher de Silas Saraiva Barroso, irmão caçula de Jerry.
O casal foi empregado no governo Flávio Dino sem a realização de concurso público. Silas foi nomeado como assessor especial III na Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).
A cunhada de Márcio Jerry é apontada pela federal como uma das integrantes da organização criminosa (Orcrim) responsável pelo desvio de mais de R$ 18 milhões da saúde pública do Maranhão, entre os anos de 2015 e 2017.
Documentos da PF obtidos pelo Blog do Luís Pablo, mostram que Jane Rodrigues “controlava o envio das listas de pagamentos de pessoal que permitia a consumação dos pagamentos ilícitos investigados.”
O que a Polícia Federal diz em seu inquérito desmonta as declarações de Márcio Jerry e do governador Flávio Dino, que usam suas redes sociais para acusarem somente o governo Roseana Sarney pela roubalheira na saúde, quando, na verdade, todos são alvos da federal.
Abaixo documento da PF falando da cunhada de Jerry:
Operação da PF no Governo do Maranhão é destaque nacional
RONALDO ROCHA DA EDITORIA DE POLÍTICA
Principais veículos de imprensa de todo o país, abordaram a ação da PF que resultou em prisões e cumprimento a mandados de busca e apreensão
A ação desencadeada pela Polícia Federal (PF) no bojo da Operação Pegadores que identificou uma organização criminosa na estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e desvios de mais de R$ 18 milhões na gestão Flávio Dino (PCdoB), foi destaque em alguns dos principais veículos de comunicação do país.
Além de O Estadão - de São Paulo -, e do Jornal do Brasil, o tema ganhou ampla abordagem no portal de notícias G1, na IstoÉ, no UOL e no telejornal do Bom Dia Brasil, da TV Globo.
Na reportagem de O Estadão, o foco foi na identificação, pela Polícia Federal, de mais de 400 funcionários fantasmas na estrutura da SES, comandada pelo advogado Carlos Lula.
Já o Jornal do Brasil fez um apanhado de toda a ação policial, que resultou no cumprimento de 45 mandados judiciais, sendo 17 de prisão temporária e outras 28 de busca e apreensão.
O portal G1 trabalhou vários aspectos da operação. Levantou dados sobre os funcionários fantasmas, deu destaque à identificação de empresas de fachada e também abordou os supersalários pagos a “apadrinhados políticos”, como definiu o delegado Wedson Cajé Lopes, chefe da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da PF.
A IstoÉ, deu destaque ao desvio de R$ 18 milhões e à prisão dos membros da organização criminosa, a exemplo da ex-secretária adjunto da SES, Rosângela Curado, que em 2016 disputou a eleição de Imperatriz com o apoio do governador Flávio Dino.
O UOL e o telejornal do Bom Dia Brasil, da TV Globo também deram destaque à operação da Polícia Federal.
Quadrilha – A organização criminosa, segundo apontaram os delegados, agia desde 2015 - quando iniciou a atual gestão -, com a montagem de empresas de fachada, criação de cargos fantasmas e pagamento de supersalários a “apadrinhados políticos”.
Além de a Polícia Federal, participaram das investigações, de forma conjunta, membros da Controladoria Regional da União e da Receita Federal.
De acordo com Cassandra Ferreira Alves Parazi, superintendente regional da Polícia Federal no Maranhão, a operação desbaratou a organização criminosa.
“Trata-se de uma investigação de desvio de recursos públicos na área de Saúde, basicamente pela contratação de funcionários fantasmas com uma quantia muito grande de desvios”, disse.
O delegado da Polícia Federal Wedson Cajé Lopes, chefe da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da PF, afirmou que o inquérito que investigou desvios na atual gestão foi instaurado em junho de 2015.
“Identificamos que na nova gestão, no ano de 2015, uma série de ilícitos praticados por meio das OCIPs IOSs continuaram a ocorrer. Por essa razão em junho de 2015 foi instaurado um novo inquérito policial para investigar crimes que estavam ocorrendo na atual gestão. Parte desses crimes envolviam uma série de apadrinhados políticos. Eram listas confeccionadas na superintendência de acompanhamento na rede de serviços e determinava às organizações sociais que contratasse tais pessoas. E ainda tinha mais: as listas determinavam os salários que deveriam ser pagos a tais pessoas”, explicou.
Governo utilizou uma sorveteria para desviar dinheiro, diz PF
A Polícia Federal (PF) conseguiu identificar, no bojo da Operação Pegadores, a utilização de uma sorveteria, como empresa de fachada, para a prática do desvio de recursos públicos.
De acordo com a PF, apesar de sequer possuir funcionários, a sorveteria recebeu mais de R$ 1,2 milhão na gestão do governador Flávio Dino (PCdoB). Outras seis empresas, supostamente beneficiadas pelo esquema criminoso, são investigadas pela PF.
“Utilizaram até mesmo uma sorveteria, que e foi transformada da noite para o dia em empresa de gestão e serviços médicos. Essa sorveteria recebeu mais de R$ 1,2 milhão. Recursos que foram pagos, por exemplo, pelo hospital macrorregional de Coroatá e pela UPA de Imperatriz . Recursos desviados diretamente para o pagamento de diversos apadrinhados políticos e também para um servidor da Secretaria de Estado da Saúde. Um assessor técnico”, disse o delegado Wedson Cajé Lopes.
A empresa a que se referiu o delegado era a OCC Indústria de Sorvetes, que em fevereiro de 2015 foi transformada em ORC Gestão em Serviços Médicos Especializada. “A empresa não tinha sequer sede e em apenas dois meses desviou mais de R$ 1,2 milhão provenientes das contas hospitalares”
De acordo com o delegado, um assessor técnico da Secretaria de Estado da Saúde [Mariano de Castro Silva] gerenciava o pagamento às empresas de fechada.
“A pessoa apontada como responsável por gerenciar essas empresas era um assessor técnico da Secretaria de Saúde, que foi um dos presos no dia de hoje [ontem]. Outras seis empresas estão sendo investigadas e o valor até agora apurado é de R$ 18 milhões desviados, mas o desvio pode ser ainda maior, uma vez que os mesmos crimes detectados em 2015 e 2017, continuavam a ocorrer em 2017, razão pela qual foi deflagrada a operação”, finalizou.
Outro lado
Por meio de nota o Governo do Maranhão se manifestou sobre a Operação Pegadores, que identificou desvio de recursos públicos na estrutura da Secretaria de Estado da Saúde.
Na nota o Executivo afirmou que os fatos têm “origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados”.
O Governo que desde o início da atual gestão tem sido adotadas medidas corretivas em relação a esse modelo. E citou como exemplos, a instalação da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), ente público que atualmente gerencia unidades de saúde.
O Executivo Estadual também afirmou que desconhece “a existência de pessoas contratadas por Organizações Sociais que não trabalhavam em hospitais e somos totalmente contrários a essa prática, caso realmente existente”
Operação da PF mira envolvidos em irregularidades na saúde do Maranhão
PF prendeu 17 pessoas em operação que apura desvios de mais de R$ 18 milhões na Saúde. Entre elas, a ex-candidata a prefeita de Imperatriz, Rosângela Curado
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta, 16, a Operação Pegadores, que investiga supostas fraudes na Saúde do Estado. Equipe com 130 policiais cumpriram 45 mandados contra empresários, servidores públicos e funcionários de empresas que prestaram serviços a hospitais do Estado. Mandados foram cumpridos em São Luís, Imperatriz e Coroatá. No total foram 17 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão.
Todos os mandados foram cumpridos e 17 pessoas foram presas. Entre elas, a ex-subsecretária estadual de Saúde, Rosângela Silva Barros, conhecida como Rosângela Curado, além do ex-superintendente de acompanhamento de serviços da secretaria. Rosângela concorreu em 2016 ao cargo de prefeita de Imperatriz. Diretores e tesoureiros de Oscips e organizações sociais que prestavam serviços à saúde também foram presos.
Rosângela Curado, ex-secretária adjunta e suplente de deputado federal; foi candidata a prefeita de Imperatriz
A Operação Pegadores é consequência de irregularidades detectadas nas fases da Operação Sermão dos Peixes, que começou em 2012. Segundo a PF, mais de R$ 18 milhões foram desviados por duas modalidades de fraude: supersalários de colaboradores contratados pelas organizações e empresas de fachada. Segundo a PF, a fraude supera R$ 18 milhões. Os beneficiários seriam parentes de apadrinhados políticos ou os próprios apadrinhados.
“Listas eram confeccionadas por uma servidora da Saúde, que determinava às organizações sociais, contratadas pela secretaria, que efetivassem tais pessoas. E tinha mais: as listas determinavam os salários a ser pagos a tais pessoas”, comentou, em coletiva nesta manhã, o delegado-chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, Wedson Cajé Lopes.
Como funcionava o esquema
O objetivo, segundo a PF, era acomodar padrinhos políticos dentro das unidades de saúde do estado. Uma servidora da secretaria ficava responsável por indicar quais colaboradores às organizações sociais, contratadas para executar serviços hospitalares nos centros de saúde, deveriam efetivar. Indicava também o valor do salário que deveria ser pago. Em um caso relatado pelo delegado, uma enfermeira que deveria ganhar R$ 3.328 mantinha no contracheque a retirada de R$ 13 mil. “Isso chamou atenção. Depois de investigar identificamos muitas outras pessoas recebendo super salários”, comentou o delegado.
Segundo ele, parte desses crimes “envolviam uma série de apadrinhados políticos”. No total, segundo a PF, 428 pessoas foram inseridas nas folhas de pagamento “mas não exerciam suas funções nas unidades hospitalares”, segundo Cajé. “Além disso, havia outra modalidade de desvio, com utilização de empresas de fachada”, revelou. O delegado citou como exemplo uma ex-sorveteria que alterou seu contrato social e transformou-se em uma Empresa de Gestão em Serviços Hospitalares.
“Era uma sorveteria em fevereiro de 2015 e foi transformada, da noite para o dia, em uma Empresa de Gestão em Serviços Médicos. Ela recebeu mais de 1,1 milhão de reais, pagos pelo hospital macroregional de Coroatá e pela Upa de Imperatriz”, segundo Cajé. Do total repassado a empresas de fachada, o delegado informou que, pelo menos R$ 16 milhões foram desviados. Isso inclui crimes de sonegação. “Empresas recebiam seu contratos mas não pagavam os tributos”, finaliza.
Entenda a operação
A Pegadores, desencadeada hoje, é uma fase de investigação maior iniciada em outra operação, a Sermão dos Peixes, que começou em 2012, ainda na gestão da ex-governadora Roseana Sarney. Na época, foram coletados indícios de irregularidades que, segundo a Polícia federal, continuaram a ocorrer na atual gestão, do governador Flávio Dino. Em 2015, um novo inquérito foi instaurado e há um ano a PF investiga os crimes ocorridos entre janeiro e setembro de 2015. Segundo o delegado e coordenador da operação Wedson Cajé Lopes, o Governo do Maranhão não tinha ciência do andamento da operação, que até então estava em sua fase velada e a partir de agora iniciarão a segunda etapa, com o depoimento dos acusados.
Governo diz que vai exonerar servidor envolvido
O Secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Lula, se manifestou sobre a operação em sua conta no Twitter. Disse estar à disposição da Polícia Federal para esclarecer o caso e negou irregularidades em nota oficial, divulgada também nesta manhã (confira a íntegra da nota abaixo).
Segundo a secretaria, de todos alvos do mandados, apenas um deles integra o quadro atual da SES e será exonerado. A gestão também nega que tenha contratado sorveteria para prestação de serviços à saúde. “Apenas um servidor, citado no processo, está atualmente no quadro da Secretaria e será exonerado imediatamente. Todos os demais já haviam sido exonerados. Os fatos têm origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados.”, diz a nota.
Reitero que a atual gestão da Secretaria de Estado da Saúde está totalmente à disposição para ajudar no total esclarecimento dos fatos.
Sobre a nova fase de investigação da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (16), no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Governo do Maranhão declara que:
1. Os fatos têm origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados.
2. Desde o início da atual gestão, tem sido adotadas medidas corretivas em relação a esse modelo. Citamos: a) instalação da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), ente público que atualmente gerencia o maior número de unidades de saúde, reduzindo a participação de Organizações Sociais. b) determinação e realização de processos seletivos públicos para contratação de empregados por parte das Organizações Sociais. c) aprovação de lei com quadro efetivo da EMSERH, visando à realização de concurso público. d) organização de quadro de auditores em Saúde, com processo seletivo público em andamento, visando aprimorar controles preventivos.
3. Desconhecemos a existência de pessoas contratadas por Organizações Sociais que não trabalhavam em hospitais e somos totalmente contrários a essa prática, caso realmente existente.
4. Todos os demais fatos, supostamente ocorridos no âmbito das entidades privadas classificadas como Organizações Sociais, e que agora chegam ao nosso conhecimento, serão apurados administrativamente com medidas judiciais e extra judiciais cabíveis aos que deram prejuízo ao erário.
5. A SES não contratou empresa médica que teria sido sorveteria. Tal contratação, se existente, ocorreu no âmbito de entidade privada.
6. Apenas um servidor, citado no processo, está atualmente no quadro da Secretaria e será exonerado imediatamente. Todos os demais já haviam sido exonerados.
7. A atual gestão da Secretaria de Estado da Saúde está totalmente à disposição para ajudar no total esclarecimento dos fatos.
As fases da Sermão dos Peixes
A primeira fase da Operação Sermão ao Peixes foi deflagrada em 16 de novembro de 2015, quando foram cumpridos mais de 60 mandados judiciais e presos os gestores da duas principais entidades responsáveis pela terceirização do sistema de saúde à época, a Organização Social Instituto Cidadania e Natureza (ICN) e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Bem Viver Associação Tocantina para o Desenvolvimento da Saúde.
As segunda e terceira fases foram deflagradas simultaneamente em 06 de outubro de 2016, e resultaram na “Operação Abscondito”, que apurou o embaraço a investigação criminal decorrente do vazamento da operação Sermão aos Peixes, e na “Operação Voadores”, que apurou o desvio de R$ 36.000.000,00 (trinta e seis milhões de reais) que haviam sido sacados diretamente das contas dos hospitais por meio de cheques de pequeno valor.
A quarta fase foi batizada de “Operação Rêmora” e foi deflagrada no dia 02 de junho de 2017, quando foram presos em flagrante os gestores da Organização Social Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (Idac) que estavam desviado recursos públicos mediantes saques de grandes quantias em espécie na “boca do caixa”.