Policiais argentinos acusam ratos de comer meia
tonelada de maconha
Uma investigação do Ministério de
Segurança descobriu que se os ratos tivessem comido tanta droga, eles teriam
morrido
·
Beatriz Sanz, do R7, com agências internacionais
Delegacia guardava mais de 6 mil quilos da droga
Johannes Simon/Getty Images -
3.6.2013
Em uma delegacia de Buenos Aires, capital da Argentina, desapareceram
540 quilos de maconha que estavam apreendidos. A polícia então acusou os ratos
da delegacia de “comerem” a droga. As informações são do jornal argentino El
Patagónico.
A desculpa não colou e os policiais estão sendo investigados pelo
desaparecimento de toda essa droga.
O sumiço da maconha só foi percebido porque quando a delegacia troca de
comandante é necessário assinar uma espécie de inventário com todos os produtos
de apreensões judiciais que estão guardados naquela delegacia.
Três comissários — o equivalente a delegado na Argentina — estão sendo
acusados nesse caso. Emílio Portero dispensou o colega Javier Specia de assinar
o “recibo” e o próprio Specia já havia dispensado o comissário Gabriel Schefer
de registrar o documento.
Mas Portero percebeu que parte da droga apreendida na delegacia havia
sido extraviada e notificou a Divisão de Assuntos Internos da Polícia — que
seria como a Corregedoria da Polícia no Brasil — que iniciou as investigações
sobre o caso.
O certificado de transferência que Specia tinha assinado marcava que
havia 6 mil quilos de maconha guardados na delegacia, mas na realidade só
estavam ali 5.460 quilos. Cerca de 540 quilos do entorpecente simplesmente
sumiram no ar.
Ou melhor, "tinha sido comido por ratos"! Esse foi o álibi dos
comissários.
A investigação promovida pelo Ministério da Segurança argentino, no
entanto, derrubou essa hipótese.
Um comunicado no Ministério da Segurança informou que a droga já estava
tão seca, pois já estava armazenada por dois anos, que se os ratos tivessem
comido tanto narcótico, eles teriam morrido. Nenhum cadáver de rato foi
encontrado no local.
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