Maia diz que Temer deve
procurar lideranças novamente para discutir Previdência
Presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência
Brasil)
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a defender hoje (7) que o presidente
Michel Temer converse com os líderes partidários para convencê-los sobre a
reforma da Previdência. Antes de seguir para o Palácio do Planalto, para se
reunir com o presidente, o deputado disse que não dá para estar tão otimista,
porque o tema é polêmico, mas necessário para evitar o aumento da dívida
pública.
“[Acho
que] O presidente [Temer] deve chamar seus líderes dos partidos, individualmente,
e tentar mais uma conversa de forma bem tranquila, mostrando qual é o impacto
da não realização da [reforma da] Previdência já em 2018. A despesa da
Previdência está crescendo R$ 50 bilhões, R$ 60 bilhões por ano, e isso vai
tornar o Brasil inviável em pouco tempo. Nós vamos caminhar para uma relação
dívida – PIB bruto insustentável”, disse.
A reforma
está paralisada desde que a Câmara recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) a
primeira denúncia contra o presidente da República pelo crime de corrupção
passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República, em 29 de junho. O
fato contribuiu para dispersar o apoio dos partidos da base aliada à proposta
de mudanças na aposentadoria.
Maia
sinalizou que apoia o avanço da proposta de forma reduzida, por meio de projeto
de lei ou outra proposição que necessite de menos votos. Por se tratar de uma
emenda constitucional, a proposta que altera as regras de acesso à
aposentadoria precisa de pelo menos 308 votos entre os 513 deputados para ser
aprovada. A votação deve ocorrer em dois turnos.
O presidente da Câmara também defendeu a aprovação de outros projetos que tramitam na Casa para conter o rombo do orçamento público, como os que tratam de desoneração dos setores de óleo e gás e a reformulação do sistema elétrico, gestão dos fundos de pensão, a flexibilização das regras do licenciamento ambiental, além da recente proposta do governo de privatização da Eletrobras. Na segunda-feira (6), o modelo de desestatização foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia ao Palácio do Planalto, que deve encaminhar ainda esta semana ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei.
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